Quem foi Schumpeter e Clayton Christensen?
Por Gilvandenys Leite Sales
Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um
economista e cientista político que nasceu no extinto Império Austro-húngaro. É
considerado um dos economistas mais importantes da história, sobretudo por suas
contribuições na teoria do crescimento econômico, democracia, estratégias
empresariais e história econômica. Foi um dos primeiros a considerar as
inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista.
Felizmente seu
sonho da “Economia Exata” caiu por terra, aquela com rigor suficiente para se
assemelhar à física, sendo previsível e passível de controle, ele mesmo no
final de sua vida, pode chegar à conclusão de que a dita “Economia Exata” é tão
incongruente quanto uma “História Exata”. E eu diria também, quanto à Física
Exata, afinal o início do século XX marcou mudanças profundas com a Física das
probabilidades, das incertezas e do mundo quântico.
As Ondas de Schumpeter, observa-se como os ciclos foram encurtando com os avanços tecnológicos, da primeira onda no século XVIII à quinta onda no século XX o intervalo de tempo reduziu-se à metade, de 30 para 60 anos.
Formou-se em Direito na Universidade de Viena no ano 1904, foi conselheiro de finanças da rainha egípcia e em março de 1919 na Áustria assumiu o posto de Ministro das Finanças por 10 meses. Em seguida, assumiu a presidência do banco Biedermann Bank, em Viena, que abriu falência em 1924, o que fez ele perder toda sua fortuna pessoal e ainda ficar endividado.
Em 1925 foi
para a Universidade de Bonn na
Alemanha, sendo considerada
na época uma
das mais importantes da Europa.
Em 1932, Schumpeter assume a cadeira de antropologia na Universidade
Harvard, ali permanecendo até sua morte e produzindo uma quantidade assombrosa
de conteúdo.
As Principais
obras de Schumpeter são cronologicamente descritas em:
·
Em 1908,
publicou sua primeira grande obra: “A Natureza e a Essência da Teoria da
Economia Nacional”
·
The Theory of
Economic Development, publicada em 1912, na qual estão inseridas as proposições
básicas de seu pensamento econômico, propondo a discussão acerca das causas da
mudança econômica;
·
Imperialismo e
Classes Sociais (1919) estudo sociológico que resgata a pouco conhecida teoria
do imperialismo de Schumpeter;
·
Business
Cycles (1939), na qual o autor faz uma análise histórica, teórica e estatística
do processo capitalista;
·
Capitalism,
Socialismand Democracy (1942) onde são analisados os processos e os impactos
decorrentes da evolução do capitalismo; e
·
História da
Análise Econômica (1964), obra póstuma não concluída, mostra que a economia
pode ser estudada do ponto de vista histórico, com o uso de dados estatísticos,
através da teoria pura e do ponto de vista da sociologia econômica
Gostaria de discordar dele quando afirma que o ponto máximo da capacidade criativa do homem é até os 30 anos de idade, eu mesmo tenho 60 anos e ainda estou fervilhando em criatividade.
Clayton M. Christensen (1952 – 2020) foi um professor de administração na Harvard Business School, e ficou mundialmente conhecido pelo seu estudo em inovação dentro de grandes empresas. Seu livro mais conhecido é o “O Dilema da Inovação”, onde criou a Teoria de Inovação Disruptiva.
Na Harvard Business School, leciona uma das disciplinas mais populares para alunos do segundo ano: “Construindo e Sustentando uma Empresa de Sucesso”. Ele é considerado um dos maiores especialistas mundiais em inovação e crescimento e suas ideias têm sido amplamente utilizadas em indústrias e organizações em todo o mundo. Em 2011 foi eleito o pensador de negócios mais influente do mundo.
Nascido em
Salt Lake City, Utah, recebeu seu MBA em economia com honraria (summa cum
laude), da Brigham Young University e um M.Phil.(Maestria em Filosofia) em econometria aplicada pela Universidade de Oxford, onde estudou como bolsista
Rhodes, as bolsas Rhodes da Universidade de Oxford foram
concedidas pela primeira vez em 1902, sendo o mais antigo (e uma dos mais
prestigiados) programas de bolsas de estudos internacionais.
Ele
posteriormente recebeu um MBA com alta distinção da Harvard Business School em
1979, graduando-se na George F. Baker Scholar. Em 1982, o professor
Christensen foi nomeado bolsista da Casa Branca e atuou como assistente dos
secretários de transporte dos Estados Unidos, Drew Lewis e Elizabeth Dole. Ele
recebeu seu DBA da Harvard Business School em 1992 e tornou-se um membro do
corpo docente lá no mesmo ano, eventualmente recebendo o cargo de professor
titular com estabilidade em 1998. Ele possui cinco doutorados honorários e um
presidente honorário de professor na Universidade Tsinghua em Taiwan.
Clayton Christensen é o autor
do best-seller de nove livros e mais de cem artigos. Seu primeiro livro, THE
INNOVATOR'S DILEMMA, recebeu o Global Business Book Award como o melhor
livro de negócios do ano (1997); e em 2011 o The Economist nomeou-o como um dos
seis livros mais importantes sobre negócios já escritos.
THE INNOVATOR'S DILEMMA, neste best-seller
revolucionário, Clayton Christensen demonstra como empresas excelentes e
bem-sucedidas podem fazer tudo "certo" e, ainda assim, perder sua
liderança no mercado - ou mesmo falhar - à medida que novos e inesperados concorrentes
surgem e assumem o controle do mercado. Por meio deste estudo multissetorial
atraente, Christensen apresenta sua teoria seminal de “INOVAÇÃO DISRUPTIVA”
que mudou a maneira como gerentes e CEOs em todo o mundo pensam sobre inovação.
Seus outros
artigos e livros receberam os prêmios Abernathy, Newcomen, James Madison e
Circle. Ainda recebeu cinco vezes o prêmio McKinsey, concedido a cada ano aos
dois melhores artigos publicados na Harvard Business Review; e recebeu o prêmio
pelo conjunto de sua obra do Tribeca Films Festival (2010).
Um conceito
importante é o de “INOVAÇÃO DISRUPTIVA”, termo cunhado por ele, que descreve
um processo pelo qual um produto ou serviço se enraíza inicialmente em
aplicações simples na base de um mercado e depois alavanca-se implacavelmente
no mercado, eventualmente substituindo concorrentes estabelecidos.
Depois de uma gama de livros de negócios ele se volta para a educação, particularmente aprecio seu livro: “Sala de Aula disruptiva: como a inovação disruptiva mudará a maneira como o mundo aprende”, escrito em parceria com Michael B. Horn e Curtis W. Johnson. Neste livro, aplicam as teorias de mudança disruptiva de Christensen à educação, traz ainda uma classificação do ensino híbrido contendo o melhor dos dois mundos (presencial e online) e, como um profeta, preveem, ainda em 2011, que até 2019 a internet mudaria a sala de aula.
Estamos nesse caminho, alavancado pela pandemia de COVID-19, caminhamos para a sala híbrida, para a aprendizagem personalizada e ubíqua, assim, aprender-se-á de qualquer localidade, a qualquer hora e dentro de meu próprio estilo de aprendizagem e , ainda, com a opção de escolha do caminho (metodologias e recursos) que melhor se encaixam em meu perfil.
O que eles tem em comum? Pensar "fora da caixa", ter a coragem de romper com paradigmas, criar o novo, inovar!
REFERÊNCIAS
Schumpeter:
inovação, destruição criadora e desenvolvimento. Terraço Econômico. Por Pedro
Lula Mota em 29/09/2016. Disponível em: https://terracoeconomico.com.br/schumpeter-inovacao-destruicao-criadora-e-desenvolvimento/ Acessado em: 16 out. 2021 10h.
Clayton M.
Christensen. Página web. Disponível em: https://claytonchristensen.com/ Acessado em: 17 out. 2021 10h.
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