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Alunos da escola pública em visita ao Lab. de Física do IFCE

domingo, 17 de outubro de 2021

 

Quem foi Schumpeter e Clayton Christensen?

Por Gilvandenys Leite Sales

Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um economista e cientista político que nasceu no extinto Império Austro-húngaro. É considerado um dos economistas mais importantes da história, sobretudo por suas contribuições na teoria do crescimento econômico, democracia, estratégias empresariais e história econômica. Foi um dos primeiros a considerar as inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista.

Felizmente seu sonho da “Economia Exata” caiu por terra, aquela com rigor suficiente para se assemelhar à física, sendo previsível e passível de controle, ele mesmo no final de sua vida, pode chegar à conclusão de que a dita “Economia Exata” é tão incongruente quanto uma “História Exata”. E eu diria também, quanto à Física Exata, afinal o início do século XX marcou mudanças profundas com a Física das probabilidades, das incertezas e do mundo quântico.

As Ondas de Schumpeter, observa-se como os ciclos foram encurtando com os avanços tecnológicos, da primeira onda no século XVIII à quinta onda no século XX o intervalo de tempo reduziu-se à metade, de 30 para 60 anos.

Formou-se em Direito na Universidade de Viena no ano 1904, foi conselheiro de finanças da rainha egípcia e em março de 1919 na Áustria assumiu o posto de Ministro das Finanças por 10 meses. Em seguida, assumiu a presidência do banco Biedermann Bank, em Viena, que abriu falência em 1924, o que fez ele perder toda sua fortuna pessoal e ainda ficar endividado.

Em 1925 foi para a Universidade de  Bonn  na  Alemanha,  sendo  considerada  na  época  uma  das  mais  importantes da  Europa.  Em 1932, Schumpeter assume a cadeira de antropologia na Universidade Harvard, ali permanecendo até sua morte e produzindo uma quantidade assombrosa de conteúdo.

As Principais obras de Schumpeter são cronologicamente descritas em:

·         Em 1908, publicou sua primeira grande obra: “A Natureza e a Essência da Teoria da Economia Nacional”

·         The Theory of Economic Development, publicada em 1912, na qual estão inseridas as proposições básicas de seu pensamento econômico, propondo a discussão acerca das causas da mudança econômica;

·         Imperialismo e Classes Sociais (1919) estudo sociológico que resgata a pouco conhecida teoria do imperialismo de Schumpeter;

·         Business Cycles (1939), na qual o autor faz uma análise histórica, teórica e estatística do processo capitalista; 

·         Capitalism, Socialismand Democracy (1942) onde são analisados os processos e os impactos decorrentes da evolução do capitalismo; e

·         História da Análise Econômica (1964), obra póstuma não concluída, mostra que a economia pode ser estudada do ponto de vista histórico, com o uso de dados estatísticos, através da teoria pura e do ponto de vista da sociologia econômica 

Gostaria de discordar dele quando afirma que o ponto máximo da capacidade criativa do homem é até os 30 anos de idade, eu mesmo tenho 60 anos e ainda estou fervilhando em criatividade.

Clayton M. Christensen (1952 – 2020) foi um professor de administração na Harvard Business School, e ficou mundialmente conhecido pelo seu estudo em inovação dentro de grandes empresas. Seu livro mais conhecido é o “O Dilema da Inovação”, onde criou a Teoria de Inovação Disruptiva.

Na Harvard Business School, leciona uma das disciplinas mais populares para alunos do segundo ano: “Construindo e Sustentando uma Empresa de Sucesso”. Ele é considerado um dos maiores especialistas mundiais em inovação e crescimento e suas ideias têm sido amplamente utilizadas em indústrias e organizações em todo o mundo. Em 2011 foi eleito o pensador de negócios mais influente do mundo.

Nascido em Salt Lake City, Utah, recebeu seu MBA em economia com honraria (summa cum laude), da Brigham Young University e um M.Phil.(Maestria em Filosofia) em econometria aplicada pela Universidade de Oxford, onde estudou como bolsista Rhodes, as bolsas Rhodes da Universidade de Oxford foram concedidas pela primeira vez em 1902, sendo o mais antigo (e uma dos mais prestigiados) programas de bolsas de estudos internacionais.

Ele posteriormente recebeu um MBA com alta distinção da Harvard Business School em 1979, graduando-se na George F. Baker Scholar. Em 1982, o professor Christensen foi nomeado bolsista da Casa Branca e atuou como assistente dos secretários de transporte dos Estados Unidos, Drew Lewis e Elizabeth Dole. Ele recebeu seu DBA da Harvard Business School em 1992 e tornou-se um membro do corpo docente lá no mesmo ano, eventualmente recebendo o cargo de professor titular com estabilidade em 1998. Ele possui cinco doutorados honorários e um presidente honorário de professor na Universidade Tsinghua em Taiwan.

Clayton Christensen é o autor do best-seller de nove livros e mais de cem artigos. Seu primeiro livro, THE INNOVATOR'S DILEMMA, recebeu o Global Business Book Award como o melhor livro de negócios do ano (1997); e em 2011 o The Economist nomeou-o como um dos seis livros mais importantes sobre negócios já escritos.

THE INNOVATOR'S DILEMMA, neste best-seller revolucionário, Clayton Christensen demonstra como empresas excelentes e bem-sucedidas podem fazer tudo "certo" e, ainda assim, perder sua liderança no mercado - ou mesmo falhar - à medida que novos e inesperados concorrentes surgem e assumem o controle do mercado. Por meio deste estudo multissetorial atraente, Christensen apresenta sua teoria seminal de “INOVAÇÃO DISRUPTIVA” que mudou a maneira como gerentes e CEOs em todo o mundo pensam sobre inovação.

Seus outros artigos e livros receberam os prêmios Abernathy, Newcomen, James Madison e Circle. Ainda recebeu cinco vezes o prêmio McKinsey, concedido a cada ano aos dois melhores artigos publicados na Harvard Business Review; e recebeu o prêmio pelo conjunto de sua obra do Tribeca Films Festival (2010).

Um conceito importante é o de “INOVAÇÃO DISRUPTIVA”, termo cunhado por ele, que descreve um processo pelo qual um produto ou serviço se enraíza inicialmente em aplicações simples na base de um mercado e depois alavanca-se implacavelmente no mercado, eventualmente substituindo concorrentes estabelecidos.

Depois de uma gama de livros de negócios ele se volta para a educação, particularmente aprecio seu livro: “Sala de Aula disruptiva: como a inovação disruptiva mudará a maneira como o mundo aprende”, escrito em parceria com Michael B. Horn e Curtis W. Johnson. Neste livro, aplicam as teorias de mudança disruptiva de Christensen à educação, traz ainda uma classificação do ensino híbrido contendo o melhor dos dois mundos (presencial e online) e,  como um profeta, preveem, ainda em 2011, que até 2019 a internet mudaria a sala de aula. 

Estamos nesse caminho, alavancado pela pandemia de COVID-19, caminhamos para a sala híbrida, para a aprendizagem personalizada e ubíqua, assim, aprender-se-á de qualquer localidade, a qualquer hora e dentro de meu próprio estilo de aprendizagem e , ainda, com a opção de escolha do caminho (metodologias e recursos)  que melhor se encaixam em meu perfil.

O que eles tem em comum? Pensar "fora da caixa", ter a coragem de romper com paradigmas, criar o novo, inovar!

REFERÊNCIAS

Schumpeter: inovação, destruição criadora e desenvolvimento. Terraço Econômico. Por Pedro Lula Mota em 29/09/2016. Disponível em: https://terracoeconomico.com.br/schumpeter-inovacao-destruicao-criadora-e-desenvolvimento/ Acessado em: 16 out. 2021 10h.

Clayton M. Christensen. Página web. Disponível em: https://claytonchristensen.com/ Acessado em: 17 out. 2021 10h.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

 

“Roubar” e plagiar é só começar!

Por Gilvandenys Leite Sales

"Roube como um Artista. 10 Dicas sobre Criatividade" do autor Austin Kleon é uma obra lançada em 2012 e foi o livro mais vendido em New York naquele ano, o livro conta com 10 dicas criativas e estapafúrdias das quais, duas irei "roubar", digo apresentar, espero que de forma tão autêntica e inovadora quanto a dele (audácia minha!).

Nada é original mesmo! Percebi que o termo "roubar", que tanto o autor utiliza, tem um sentido peculiar ao ato de incorporar as ideias de outrem em seu benefício e dela fazer uso ao seu bel-prazer, afinal nada se cria, nada se perde, tudo se faz CtrlC + CtrlV e depois se transforma (comecei a “Roubar” de Lavoisier). Nada vem do nada, somente o universo! (Difícil crê nisso!)

Será que vale a pena roubar? Se “Sim” nos apropriemos vorazmente de tudo; Se “Não” poderá ser roubável mais tarde. A próxima etapa pode ser surpreendente. ‘Ser Maria vai com as outras’ não é tão ruim assim, isso pode até te inspirar, se fores perspicaz, afinal somos mesmo cópias de tudo e de todos desde que nascemos, mas podemos buscar ser um pouco diferenciado com uma pitada de uma boa roubada!  

Compreendo que somos mesmo um "Mashup", ou seja, uma mescla sócio-cultural daquilo que experienciamos, espero que a Terra venha comer, tudo aquilo que eu não comi (“roubando” nosso Falcão!). Meu arquivo de furtos está melhorando, meus pinguinhos de tinta já começam a cair num pedacinho azul do papel e num instante já estou imaginando uma bela postagem a voar na web (Obrigado Toquinho!)! 

Kleon cita até versículo bíblico “Não há nada de novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1:9), o qual irei complementar com a frase anterior e a posterior a estas palavras: “O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: "Veja! Isto é novo! "? Não”! (Eclesiastes 1:9,10a). É um Não muito enfático. Até o apóstolo Paulo em sua epístola aos coríntios disse: “Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores (1 Coríntios 4:16). Ahhhhhhh...Tá abençoado, vamos copiar, vamos  “Roubar”!

Eu quero é que a não cópia se exploda (Obrigado Justo Veríssimo!). Vá pelos bailes da vida, escola ou mesmo num bar, o importante é o pão (Essa foi do Milton Nascimento!) e investigue cada detalhe! Consulte sempre o oráculo “Google”, por que não? Ele o ajuda a ser criativo mesmo! E mais, o ajuda a melhorar todas as perguntas.

Kleon dá muitas lições de vida! Pra começar a criar é só se deixar levar, não espere o tempo passar e te maturar, ninguém nunca estará totalmente pronto! Fuja da “Síndrome do impostor”, chega de improvisos, a vida é um palco onde ensaiamos nossas peças, se joga, se vira nos 30, finjamos, entremos e saiamos de cena sempre que preciso. Assim, na vida, você é promovido de impostor a real.

Por fim, o “Bom Roubo” é aquele que te honra e não degrada; é aquele que te leva a estudar e não a apenas folhear; te faz roubar de vários e não de apenas um; é aquele que te credita e não apenas plagia; é aquele que te transforma e não apenas te imita; o “Bom Roubo” ainda provoca remixagem e não a extirpação das ideias (Obrigado Kleon por permitir te roubar!)

"Roubado" de:

Kleon, Austin. Roube como um artista [recurso eletrônico]: 10 dicas sobre criatividade / Austin Kleon ; tradução Leonardo Villa-Forte. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Rocco Digital, 2013